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Sobre vidas que atravessam pontes aéreas

  • Foto do escritor: Nadhia Dantas
    Nadhia Dantas
  • 14 de jan. de 2016
  • 2 min de leitura

Ah, os abraços de aeroportos...tão sobrecarregados de saudades, que até as antecipam.

Chegou o momento da partida, as malas rentes aos pés. A hora da despedida, o instante que se torna eterno, prorrogado até a hora de voltar. O beijo avassalador que despenteia e que amassa, sem pudor. Segura-se a lágrima para que o outro parta sem inseguranças e medos. O aceno que despede, que aperta o coração, mas que ansia por novos horizontes e histórias. Enquanto isso destinos se cruzam em conexões de 3, 5, 8 horas a todo instante. Vidas que se conhecem, fazem amizades, viram paixões, que selam o sentimento em terra firme, ou que se separam no portão de embarque.

O desconhecido é quem dá as boas-vindas, seja do outro lado do país ou continente. Não há sensação melhor no mundo do que planejar o caminho quando se está entre as nuvens e esquecer o roteiro quando o avião pousar. Ser a própria companhia e conhecer muitas outras que sorriem por motivos que você talvez nunca descobriria que existissem.

A beleza de ser o que se é e trazer na passagem de volta, o mundo ou grande parte dele dentro da mala. A expectativa do reencontro das pessoas que ama, as histórias a serem contadas para os amigos. A festa no desembarque, com direito a plaquinhas, pulos e alguns convidados desconhecidos sentados ao redor das poltronas de espera. Você sempre saberá o que levar em cada uma delas, mas nunca saberá o que trará consigo. Talvez um amor, um momento, um sorriso, ou um pacote de salgado, ninguém sabe.

Ainda bem.

Que há volta, há espera, há abraços, há beijos, há saudade.

Você parte, querendo ficar, mas quando fica, quer voltar.


 
 
 

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